A cerveja Budweiser, também conhecida carinhosamente como “Bud” para os mais íntimos, é a cerveja mais popular dos EUA e também uma das mais populares do planeta.
É presença frequente nas mãos de operários que decidem gastar o tempo livre nos bares. Nas mãos de fazendeiros sentados na cadeira de balanço contemplando o pasto. Nas mãos de fãs de esporte nos estádios acompanhando jogos ou nas mãos daqueles que se contentam em assistir pela TV. Também é popular na festinha de jovens universitários.
Entendeu a mensagem, não é mesmo? É popular e muita dessa popularidade se explica pelo fato da Budweiser ter sido a primeira cerveja nacionalmente norte-americana. Você sabe como a questão do patriotismo é um tema caro para os estadunidenses, certo? Valorizam muito e se orgulham da produção nacional.
Contudo, por mais que se apele ao espírito patriótico, nenhum produto se sustenta por muito tempo ou ganha a escala que a Budweiser ganhou, e a longevidade, tendo como principal atrativo apenas o fato de ser um produto nacional.
É preciso ter qualidades, agradar de fato o público e certamente foi o caso da Budweiser.
Veja como essa história começou.
Os primórdios da Budweiser
Adolphus Busch, proprietário da cervejaria Anhauser-Busch, no Estado norte-americano do Missouri percebeu a enorme popularidade da cerveja tipo Pilsen. Esse tipo de cerveja é uma Lager, tipo com menor teor alcoólico em comparação com as de estilo Ale. Além disso, são mais gasosas e maltadas. Outra característica é a de serem menos amargas, mais refrescantes e pouco frutadas.
A cerveja pilsen é uma Larger, porém, mais clara. Busch, que sempre teve vontade de fazer uma marca de cerveja genuinamente nacional, decidiu ir a fundo para lançar a sua própria cerveja.
Lançou em 1876 a Budweiser Lager Beer, a primeira, de fato, cerveja nacionalmente da terra do Tio Sam. Foi desenvolvida inspirada nos tipos de cerveja fabricados na região alemã da Boêmia.
O nome Budweiser é inspiração das cervejas de um lugar chamado Budweis, na época, região do longínquo império Húngaro.
A Budweiser conseguiu sucesso de público, mas até 1883 seu bom desempenho se restringia ao mercado regional de seu estado de origem. No entanto, a partir desse ano, a Budweiser passa a ter voos mais altos.
Nessa época, seu processo de produção passou a ser pasteurizado, fato que contribuiu para a cerveja começar a ser engarrafada em larga escala. Esse aumento da escala de produção contribuiu enormemente para a Budweiser passar a ser conhecida nacionalmente. Um feito inédito, pois até então as cervejas eram consumidas de acordo com a produção e distribuição limitadas ao circuito regional.
Já em 1901, a Budweiser comercializava 1 milhão de barris de cerveja por ano.
Mas a sua trajetória não é marcada apenas por crescimento a partir de seu primeiro grande salto, como ocorre com várias marcas. A empresa teve que enfrentar um período especialmente difícil em seu país de origem.
Budweiser na Lei Seca
A Lei Seca foi um decreto de lei que proibia o consumo de álcool com o objetivo de livrar o país de problemas relacionados à pobreza e violência. A lei vigorou de 1920 a 1933. Proibia a fabricação, transporte e venda de bebidas alcoólicas em todo o país. Ou seja, uma terrível notícia para as fabricantes desse tipo de bebida.
Naturalmente, várias foram à falência durante os anos de vigor dessa lei infame. O pior que ela teve boa aceitação de começo, mas depois acabou gerando um problema que só reforçou a questão da violência: os norte-americanos passaram a fabricar e consumir largamente bebidas clandestinas. Quem mais lucrou com isso foram os mafiosos como Al Capone.
Mas o que a Budweiser fez nesse período? Fechou as portas e foi reinaugurada apenas com o fim da vigência da Lei Seca? Não, senhor, se manteve ativa durante todo esse período. A solução que encontrou para manter o negócio ativo foi desenvolver uma versão Budweiser sem álcool.
Era promovida assim: mesmo sabor, corpo, a tradicional Budweiser, mas sem álcool. Claro que os consumidores preferiam a original e as vendas nessa época estagnaram, mas era melhor que nada. Ajudou a marca manter as portas abertas.
Após a Lei Seca, a marca, para estimular novamente o consumo da bebida, lança a versão em lata. À época, uma grande novidade que ganhou rapidamente as graças do público.
O pós-Segunda Guerra
Durante o maior conflito da história da humanidade, a Budweiser teve que parar a sua produção para se dedicar inteiramente a suprir as forças armadas de seu país para combater os nazifascistas do Eixo.
Após esse período, a Budweiser viveu a sua época de maior crescimento de sua história. No pós-guerra, se tornou a cerveja mais consumida pelos estadunidenses. Foi a primeira marca dos EUA a ultrapassar a soma de 10 milhões de barris consumidos anualmente.
Budweiser e a música
A marca ficou conhecida por patrocinar vários eventos e shows de música. Nos anos 1950 patrocinou shows de Milton Berle, Frank Sinatra, entre outros. A ligação histórica com a música foi um dos trunfos que encontrou em uma de suas tentativas de ser bem-sucedida no mercado brasileiro.
Lançou o projeto Your Tour em 2015 que proporcionou aos ganhadores a experiência inesquecível de ser um rock star viajando por todo o país em mais de 30 shows. Versões posteriores desse projeto levaram os ganhadores a shows de bandas consagradas como Rolling Stones e Iron Maiden.
Budweiser e o esporte
A marca também tem uma forte tradição nos esportes, talvez até mais forte do que com o mundo da música.
Em 1953, iniciou suas investidas no esporte ao comprar o time profissional de beisebol do St. Louis Cardinals.
Ao longo de sua história mais do que centenária, a Budweiser patrocinou e patrocina eventos esportivos como NFL (futebol americano), MLB (Beisebol), UFC (torneio de artes marciais), NBA (Liga de basquete) e NASCAR (automobilismo).
Outras curiosidades
A versão tradicional da Budweiser não é o produto mais comercializado da marca nos EUA, mas a sua versão light lançada na década de 1980, a Bud Light. É uma versão menos potente da original.
Contudo, no âmbito internacional, a versão clássica ainda é a mais consumida.
Atualmente a empresa é administrada por brasileiros.
Em 1997, a Budweiser fez parceria com a Antarctica para entrar no mercado brasileiro. A experiência não deu certo devido ao público brasileiro estar mais acostumado a bebidas mais fortes.
Seu retorno ao Brasil se deu em 2011 projetando a Copa do Mundo de 2014. A Budweiser percebe o seu espaço aumentando no Brasil, pois conseguiu se posicionar como uma cerveja Premium de alta qualidade perante o consumidor brasileiro.
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